Com um forte abraço, Luiz Inácio Lula da Silva entregou a faixa presidencial a sua sucessora, Dilma Rousseff, por volta das 16h45 deste sábado, no parlatório do Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Dilma e seu vice, Michel Temer, subiram a rampa do Palácio, enquanto eram aguardados por Lula e sua mulher, Marisa Letícia. Ao fazer o primeiro pronunciamento à nação, ela falou sobre a “tarefa desafiadora de sucedê- lo” e chorou ao dizer que pode “fazer mais” pelo Brasil.
“Já fizemos muito nos últimos 8 anos, mas por acreditar que podemos fazer mais, o povo nos trouxe aqui. É hora de união pelas crianças e jovens, união pela segurança de nossas comunidades, para o Brasil continuar crescendo, gerando empregos para as atuais e futuras gerações”, disse a presidente emocionada.
A primeira mulher eleita presidente do País disse que não guarda ressetimentos e que estará “de mãos abertas para todos”, ao fazer referência aos opositores. “Uma importante líder indiana, disse um dia que não se pode trocar um aperto de mão com os punhos fechados. Pois minhas mãos estarão sempre abertas para todos, até para aqueles que não nos acompanharam no processo eleitoral. Estaremos todos unidos pelas mudanças necessárias, principalmente para acabar com a pobreza e miséria”, afirmou.No pronunciamento, que durou cerca de 12 minutos, ela agradeceu ao presidente Lula. “Conviver todos esses anos com o presidente me deu a dimensão do governante justo e apaixonado pelo seu País e pelo seu povo. A alegria da minha posse se mistura com a emoção da sua despedida”, disse.
Dilma também agradeceu o ex-vice-presidente, José Alencar. “Quero prestar homenagem a outro grande lutador, que esteve ao lado de Lula. Me refiro ao nosso vice-presidente, José Alencar. Um exemplo de coragem e de amor a vida nos dá esse grande homem. E que parceria Zé Alencar e Lula, que muito fizeram pelo Brasil e pelo nosso povo. Eu e Temer nos sentimos responsáveis por seguir no caminho iniciado por eles”, afirmou a petista.
Ao citar o compromisso com a democracia, a presidente disse que buscará o entendimento e respeitará as críticas. “O embate civilizado move a democracia”, afirmou ao citar os companheiros de luta contra a ditadura. “Minha geração veio para a política pela liberdade. Ajudamos o País chegar até aqui. Aos companheiros que tombaram nesta caminhada, minha eterna homenagem e lembrança”, disse.Ela encerrou seu discurso falando dos compromissos assumidos. “Darei todo meu empenho e dedicação para fazer com que as transformações dos últimos oitos anos continuem e se expandam”, disse a presidente do Brasil.
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