SERIES PREMIADAS

27 de set. de 2010

TVXTV:"ESCRITO NAS ESTRELAS UMA NOVELA QUE QUASE ACONTECEU"


Quando Escrito nas Estrelas estreou, logo após uma semana de exibição, a impressão que se tinha era de que pela primeira vez em muitos anos a Rede Globo conseguiria colocar no ar no horário das 6 três novelas seguidas que estavam num nível acima do razoável. Ledo engano, a novela que tinha tudo para ser interessante e muito bem amarrado foi se perdendo ao longo do tempo até tornar-se essa trama disforme e sem pé nem cabeça a que estamos sendo submetidos.

A bem da verdade é que o primeiro terço do folhetim de Elizabeth Jhin foi muito bom, melhor que de muitas novelas já exibidas, inclusive, porém, a partir daí, ficou claro que a autora não havia escrito uma sinopse bem construída o suficiente para resistir a quase 150 capítulos e o resultado foi o que vimos. Após seu primeiro mês, a história parou e começou a andar em círculos. A própria história de Viviane (Nathália Dill) gerar o filho de Daniel (Jayme Matarazzo) que parecia muito interessante começou a ficar enfadonha porque era irritante a enrolação da autora para fazer com que tudo se desenvolvesse.
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Pior do que isso era a história de amor entre Viviane e Ricardo (Humberto Martins) que demorou meses para começar - sim, começar, porque engrenar, até hoje não engrenou - e, após começada ficou ainda pior. Elizabeth Jhin não ficou satisfeita em tratar do tema vida após a morte de forma tão bizarra como o fez, ainda inseriu elementos de vidas passadas e transfigurou o roteiro em um conto de fadas mal escrito e que beirava o ridículo. A história de Valentina era ainda pior do que a de Viviane e, quanto mais fomos conhecendo do período de vida passada, mais tudo perdeu o sentido. E o Vicente (Antônio Calloni) de grande exemplo de moral e ética, de homem espiritual e ser evoluído, transformou-se num amigo traidor, detentor de segredos e ainda cruel em vidas passadas?

Se todo esse samba do criolo doido estava previsto em Escrito nas Estrelas, não dá para saber quem é pior, a autora por ter pensado numa história assim ou a direção da emissora que aprovou algo desse jeito. De positivo mesmo somente os personagens Gilmar (Alexandre Nero) e Judite (Carolina Kasting), graças as geniais atuações da dupla.

A bem da verdade é que em sua segunda novela solo, Elizabeth Jhin (também autora de Eterna Magia) mostrou-se capaz de produzir histórias que começam interessantes e que terminam de forma modorrenta e deprimente. Seria o caso da autora se dedicar às minisséries, não? Porque Escrito nas Estrelas que, tinha tudo para ser um sucesso impressionante de crítica e audiência (na primeira parte, a trama chegou a beirar os 28 pontos de média parcial e caiu vertiginosamente, fechando com 26 pontos de média geral), tornou-se deprimente. E que venha Araguaia e com ela, fluidos melhores.

TVXTV

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